domingo, 19 de abril de 2015

AH! E E ÉÉÉÉÉÉÉE´!!!!!!!!!

sábado, 18 de abril de 2015

Boechat detona Aécio: "choro de perdedor"

O jornalista Ricardo Boechat, comentarista da Band, bateu duro no senador Aécio Neves (PSDB-MG) por seu flerte com o impeachment; "ninguém é mais descategorizado do que o derrotado para propor a derrubada daquela que o derrotou", afirma; segundo ele, Aécio caracteriza-se como mau perdedor.



O jornalista Ricardo Boechat, comentarista da Band, detonou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em comentário de rádio na Band News.

Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff e seus aliados devem dar gargalhadas quando veem Aécio se tornar porta-voz da campanha por um eventual impeachment.

"Ninguém é mais descategorizado do que o derrotado para propor a derrubada daquela que o derrubou", afirma.

Segundo Boechat, Aécio crava em si a imagem do mau perdedor.

AH! ´E ÉÉÉÉ!!!!!!!!!!

Quem são os defensores do impeachment?

Por Cíntia Alves, Luiz de Queiroz e Patricia Faermann, noJornal GGN:
Lideranças de partidos de oposição ao governo receberam, na quarta-feira (15), alguns dos agitadores dos protestos dos dias 15 de março e 12 de abril - entre eles, Rogério Chequer, do Vem Pra Rua. Durante o encontro, figurões como Agripino Maia (DEM), Ronaldo Caiado (DEM), Mendonça Filho (DEM), Paulinho da Força (SD), Aécio Neves (PSDB) e Roberto Freire (PPS) tiveram a oportunidade de esbravejar contra os casos de corrupção que desgastam o PT e a gestão Dilma Rousseff.
Chama atenção, entretanto, a ficha dos defensores da ética e do combate indiscriminado à corrupção. Associação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, prisão por fraudes e desvios em grandes obras, contas em paraísos fiscais em nome de familiares, recebimento de propina, recursos de campanha questionados na Justiça e até falsificação de documentos para criação de partido fazem parte do histórico de acusações e dos relacionamentos intrigantes que envolvem as estrelas políticas do encontro em tela.
O GGN fez uma breve seleção:
1 - Aécio Neves (PSDB)
O neto de Tancredo Neves que construiu um aeroporto de R$ 14 milhões no terreno do tio-avô já foi questionado na Justiça sobre o paradeiro de mais de R$ 4 bilhões que deveriam ter sido injetados na saúde de Minas Gerais. O caso Copasa contra o ex-governador foi engavetado. Destino semelhante tiveram as menções a Aécio na Lava Jato. O tucano foi citado por Alberto Youssef como beneficiário de propina paga com recursos de Furnas. Para o procurador-geral da República, isso não sustenta um inquérito. Rodrigo Janot também cuida de outro escândalo que leva a Aécio, sob a palavra-chave Liechtenstein (um principado ao lado da Suíça). Investigando caso de lavagem de dinheiro, procuradores do Rio de Janeiro chegaram a uma holding que estava em nome da mãe, irmã, ex-mulher e filha do tucano. Esse inquérito está parado desde 2010 na gaveta do Procurador Geral da República.
2- Agripino Maia (DEM)
Presidente do DEM, Agripino Maia foi dono das expressões mais sugestivas de defesa da luta contra a corrupção. "Chegou a hora de colocar o impeachment [de Dilma Rousseff]", disse no encontro com os manifestantes anti-governo. O senador tem em seu currículo a acusação de receber R$ 1 milhão em propina, em um esquema que envolvia a inspeção de veículos no Rio Grande do Norte, entre 2008 e 2011. Coordenador da campanha presidencial de Aécio, o democrata, em 2014, teve seu caso arquivado no MPF pelo ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel. Mas foi reaberto há sete meses por Janot, e agora está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal (STF).
3- Ronaldo Caiado (DEM)
O senador Ronaldo Caiado (DEM) é associado ao bicheiro Carlinhos Cachoeira por supostamente ter recebido verba ilícita nas campanhas de 2002, 2006 e 2010. Cachoeira foi denunciado por tráfico de influência e negociava propinas para arrecadar fundos para disputas eleitorais. O bicheiro foi preso em 2012 por operação da Polícia Federal que desbaratou esquema de adulteração de máquinas caça-níquel. Caiado foi citado nesse contexto, recentemente, por Demóstenes Torres. Ele teria participado de negociação entre Cachoeira e um delegado aposentado que queria ampliar esquemas de jogo ilegal. Até familiar do democrata já foi alvo de denúncia. O pecuarista Antônio Ramos Caiado, tio de Caiado, está na lista suja do trabalho escravo.
4- Roberto Freire (PPS)
Uma das principais acusações que pesam contra o presidente nacional popular-socialista é de envolvimento com o Mensalão do DEM. A diretora comercial da empresa Uni Repro Serviços Tecnológicos, Nerci Soares Bussamra, relatou que o partido praticava chantagem e pedia propina para manter um contrato de R$ 19 milhões com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, comandada pelo deputado Augusto Carvalho. Freire teria sido beneficiado no esquema.
5- Paulinho da Força (SD)
O presidente do Solidariedade, segundo autoridades policiais, participou de esquema de desvio de recursos do BNDES. Um inquérito foi aberto no STF para investigar o caso. Em 2014, a Polícia Federal também indiciou a sogra e outras duas pessoas ligadas ao deputado federal sob suspeita de falsificarem assinaturas para a criação do Solidariedade. Gilmar Mendes conduzirá, ainda, a apuração em torno da suposta comercialização de cartas sindicais (uma espécie de autorizações do Ministério do Trabalho para a criação de sindicatos) por Paulinho, dirigente da Força Sindical. Consta nos registros que cada carta era vendida por R$ 150 mil.
6- Mendonça Filho (DEM)
Em fevereiro de 2014, Mendonça se envolveu em uma polêmica por querer indicar deputado acusado de duplo homicídio pelo Supremo Tribunal Federal para presidir a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Julio Campos (DEM), ex-governador do Mato Grosso, afirmou que Mendonça teria dito que a indicação era uma "homenagem". O deputado federal de Pernambuco já foi preso pela Justiça eleitoral sob acusação de fazer carreata no dia de votação, mas o STF decidiu que não houve crime eleitoral. Um documento daOperação Castelo de Areia citava contribuição suspeita de R$ 100 mil da Camargo Correa a Mendonça, para sua tentativa de ser prefeito do Recife. Ele admitiu que recebeu R$ 300 mil da empresa, mas alega que foram doações dentro das conformidades.
7- Carlos Sampaio (PSDB)
O deputado mais votado da região de Campinas (SP) recebeu R$ 250 mil de uma empreiteira envolvida no esquema de corrupção da Petrobras investigado na Operação Lava Jato. Sua última campanha arrecadou, oficialmente, R$ 3 milhões. Não há comprovação sobre a lisura da doação. Sampaio, coordenador jurídico do PSDB e autor do pedido para que Aécio fosse empossado no lugar de Dilma Rousseff, teve reprovada a sua prestação de contas referente às eleições para a Assembleia de São Paulo, em 1998, e às eleições municipais de Campinas, em 2008.
8- Luiz Penna (PV)
O presidente do PV também aparece um tanto escondido na fotografia. Irregularidades já remetidas à prestações de contas do partido incluem seu nome. Em 2006, por exemplo, boa parte dos R$ 37,8 mil gastos em passagens aéres e R$ 76,8 mil com diárias de campanhas eleitorais foram atribuídos a José Luis Penna. Na época, servidores do TSE apontaram ausência de documentos que comprovassem os gastos e uso de notas frias, indicando empresas fantasmas que teriam prestado os serviços. O corpo técnico do Tribunal sugeriu a rejeição das contas do partido de 2004, 2005 e 2006. O deputado federal respondeu a dois processos judiciais, um pelo TRE-SP, rejeitando a sua prestação de contas à eleição de 2006, e outra pelo TSE reprovando as contas do PV de 2004.
9- Flexa Ribeiro (PSDB)
O hoje senador já foi preso pela Polícia Federal em 2004, na Operação Pororoca, por fraude em licitações de grandes obras realizadas no Amapá. Foi acusado de corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, tráfico de influência, peculato, prevaricação, usurpação de função pública e inserção de dados falsos em sistema de informações.
10- Antonio Imbassahy (PSDB)
O deputado federal tucano era prefeito de Salvador em 1999, quando contratos suspeitos foram assinados com as empresas Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Siemens, que formavam o consórcio responsável pelo metrô da capital baiana. O Ministério Público Federal investiga osuperfaturamento nas obras, que gira em torno de R$ 166 milhões. Até agora, dois gestores indicados por Imbassahy à época e duas empresas foram indiciadas. O tucano é o vice-presidente da CPI da Petrobras, que investiga desvios de verbas da estatal, onde diretores da Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa também aparecem como réus. Imbassahy foi acusado pelo PT de se aproveitar do posto na CPI para pedir documentos à Petrobras e vazar para a imprensa.
11- Beto Albuquerque (PSB)
Ex-colaborador do governo Tarso Genro (PT) no Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque (PSB) foi envolvido na intriga que rendeu a queda do então diretor-geral do Departamento de Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) José Francisco Thormann. Thormann se antecipou a uma demissão após a imprensa local ter revelado que ele viajou à Suiça às custas de uma empresa privada subcontratada para fazer obras no Estado. Em nota de defesa, Thormann afastou suspeitas sobre o fato, e revelou que Beto Albuquerque, quando secretário de Infraestrutura do Estado, também fez viagens ao exterior bancadas por empresas que detinham contratos com o poder público. Quando a notícia surgiu, Beto já não era secretário - tinha deixado a gestão petista para reforçar a bancada do PSB na Câmara Federal.
Blog da Dilma no Facebook: https://www.facebook.com/BlogDilmaRousseff

OS "CULTOS E BEM INFORMADOS" ELEITORES COXINHAS

O que acontece com quem ouve e lê Azevedo e Sheherazade? Uma pesquisa mostra. Por Paulo Nogueira



Postado em 17 abr 2015
Midiotas
Midiotas
Uma publicação se mede por seus leitores.
Esta é uma das mais antigas e mais verazes leis do jornalismo.
Isso posto, uma pesquisa sobre os manifestantes que foram à Paulista no domingo passado traça um retrato sinistro da imprensa brasileira.
Eles simplesmente não têm noção de nada. Acreditam, por exemplo, que o PT buscou 50 mil haitianos para reforçar a votação de Dilma em 2014.
Têm Lulinha como sócio do Friboi. E estão convencidos de que cotas estimulam mais racismo nas universidades.
Onde eles se informam?
Você pode imaginar. Nas grandes empresas de mídia. Quando buscam notícias online, os sites da Veja, Folha etc são os preferidos.
Os colunistas que mais admiram são dois nomes óbvios: Raquel Sheherazade e Reinaldo Azevedo.
O baixíssimo nível cultural dos manifestantes é a melhor prova da ruindade avassaladora do jornalismo produzido pelas grandes empresas de mídia.
A rigor, você não precisava de pesquisa nenhuma para ver o grau de obtusidade desinformada dos discípulos de Sheherazade e Azevedo.
Bastava olhar os cartazes que empunhavam. Erros grosseiros de português se juntavam a agressões impiedosas contra frases num inglês precário obviamente extraído do Google Translator. Alguém, com ares de genialidade ululante, escreveu: “Sonegação não é corrupção”.
Pistas expressivas também podiam ser colhidas em vídeos feitos por jornalistas que saíram a campo.
Num deles, de autoria de Lino Bocchini da Carta Capital, mulheres e homens são instados delicadamente a dar sua opinião sobre a terceirização.
O que se ouve é um bestialógico que só termina quando o vídeo chega ao fim. Eis os alunos da mídia tradicional, impressa ou digital.
É um contraste com declarações de FHC à época da campanha. Ele se gabava do “alto nível” dos eleitores do PSDB, e os opunha aos nordestinos adeptos do PT.
A isso se dá o nome de autoengano.
No jornalismo, os editores cometem com frequência o autoengano quando pensam nos seus leitores.
Uma vez, em meus dias de Abril, lembro o faniquito que tomou conta das editores das revistas femininas quando numa pesquisa elas foram apresentadas, em vídeo, às suas leitoras de carne e osso.
Elas esperavam Giselles Bunchens e Angelinas Jolies, e quase mataram o responsável pela pesquisa – o atual presidente da Abril, aliás, Alex Caldini – quando ele apresentou a realidade como ela era.
Uma das mais nobres funções do jornalismo é lançar luzes onde existem sombras.
No Brasil, a mídia escolhe áreas de sombra e joga nelas ainda mais sombras.
O resultado disso são leitores intoxicados de má informação.
Alguém já disse, no exterior, que maus editores causam ainda mais danos para um veículo do que a internet.
No Brasil, especificamente, nas últimas semanas vai ganhando força a palavra midiotas,para designar os leitores, ou vítimas, da grande mídia.
Se e quando despertarem de seu torpor mental, os midiotas terão todo o direito de processar Globo, Folha e Veja pelo estado de emburrecimento em que foram lançados.
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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

ATÉ ONDE VAI A (MENTE) DE NOBLAT???

Dilma, o cabide e a criada: se Noblat escrevesse novelas, “Babilônia” estaria salva. Por Kiko Nogueira



Postado em 13 abr 2015
cabide

O espectro de um novo escândalo ronda Brasília: o espectro do “cabidegate”. O crédito é do colunista Ricardo Noblat. Se as novelas da Globo tivessem um terço da criatividade de Noblat, a situação do Ibope, provavelmente, não estaria tão feia.
Assim como o historiador Marco Antonio Villa nutre uma obsessão homoerótica por Lula (seus apelos destemperados para que Lula apareça na TV Cultura são lindos), Noblat é fixado num rompimento entre Dilma e seu antecessor, entre lulistas e dilmistas.
Em sua última coluna, um dia depois do flop das manifestações de 12 de abril, ele resolveu narrar um quiproquó barra pesada no Palácio da Alvorada. Foi em “março último”:
A certa altura, Lula disse: “Eu lhe entreguei um país que estava bem…” Dilma devolveu: “Não, presidente. Não estava. E as medidas que estou tomando são para corrigir erros do seu governo”.
A réplica não demorou. “Do meu governo? Que governo? O seu já tem mais de quatro anos”, disparou Lula.
Os assessores de Dilma que aguardavam os dois para jantar e escutaram o diálogo em voz alta, não sabem dizer se ela nesse instante respondeu a Lula ou se preferiu calar.
Um deles guardou na memória o que Lula comentou em seguida: “Você sabe a coisa errada que eu fiz, não sabe? Foi botar você aí”.

Um assessor de Lula é a fonte, depreende-se. Ou o próprio Lula, quem sabe? O ódio de Noblat por Lula é de mentirinha, portanto. A dramatização vagabunda da conversa é digna de nota. Vai além da fofoca e da cascata. Estamos tratando de um caso de psicofactoidismo.
Dilma, de acordo com o preciso perfil psicológico traçado por Noblat, é “uma pessoa que não ama seus semelhantes, ou que não sabe expressar seu amor por eles”. Para ilustrar essa falha de caráter, ele desenterra uma história que foi originalmente publicada na coluna de Cláudio Humberto em junho passado e desmentida algumas vezes (não pelo governo).
Escreve Noblat:
Um dia, Dilma não gostou da arrumação dos seus vestidos. E numa explosão de cólera, jogou cabides em Jane. Que, sem se intimidar, jogou cabides nela.
O episódio conhecido dentro do governo como “a guerra dos cabides” custou o emprego de Jane.
Mas ela deu sorte. Em meio à campanha eleitoral do ano passado, Jane foi procurada pela equipe de marketing de um dos candidatos a presidente com a promessa de que seria bem paga caso gravasse um depoimento a respeito da guerra dos cabides.
Dilma soube. Zelosos auxiliares dela garantiram a Jane os benefícios do programa “Minha Casa, Minha Vida”, uma soma em dinheiro e um novo emprego. Jane aceitou.

A triste sina de Jane, a ex-criada, circulou no Whatsapp durante a campanha. Dilma estaria respondendo um processo por “injúria qualificada”. A oposição estaria “trabalhando” para levar à TV testemunhos de funcionários agredidos.
Havia um link para o processo na postagem, o qual levava para uma página não encontrada do CNJ. Não bastasse, se fosse verdade, Dilma responderia por lesão corporal e não injúria qualificada.
Na novela de Noblat, a camareira ainda aparece com uma vendida, uma irresponsável que faz tudo por dinheiro e não pensa no Brasil. O “cabidegate” virou assunto entre os de sempre. Danilo Gentili, por exemplo, o gênio do humor, estava “indignado”.
É o caso de se perguntar, novamente: qual o limite?
Não há. O próximo passo é a notícia de que Dilma — ou Lula, ou seja lá quem for, desde que “inimigo” — matou o cozinheiro do Alvorada por não concordar com a receita do espaguete ao sugo. Dilma, aquela sem coração, ladra e assassina. Noblat e quejandos vão contar em detalhes o crime.
A resposta? O silêncio. Tudo em nome do republicanismo.

O "cabidegate" no Whatsapp em 2014
O “cabidegate” no Whatsapp em 2014
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Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

AS PERIPÉCIAS DO MENINO MALUQUINHO MINEIRO

Ao buscar o impeachment, Aécio tem tudo para ser vítima da histeria coletiva que ajudou a criar



Postado em 16 abr 2015
Ele
Ele

O ódio, já apontou alguém, não é um bom conselheiro. Aécio Neves tem tudo para ser uma vítima da histeria coletiva que ajudou a fomentar.
Tentando pegar uma carona nos protestos, o senador está articulando com outros cinco partidos a pavimentação para um pedido de impeachment.
Depois de o PSDB encomendar pareceres a juristas, Aécio afirmou que, caso se comprove a participação de Dilma nas chamadas “pedaladas fiscais”, vai agir “como determina a Constituição”. Leia-se tentar o impedimento.
Líderes dos movimentos antigovernistas se reuniram com ele e com dirigentes do DEM, PPS, PSB, PV e SD. Cobraram uma posição clara sobre o afastamento de Dilma e de Toffoli, entre outras reivindicações listada numa Carta do Povo Brasileiro (sacou a pegadinha?).
Rogério Chequer — chamado popularmente de “Chequer Sem Fundo” –, do Vem Pra Rua, falou que o resultado das manifestações dependia agora do Congresso. “Por que a oposição não pode se organizar? Chegamos ao nosso limite, levamos 3 milhões de pessoas as ruas”, disse.
“Quero deixar claro que viemos aqui para dizer um sonoro sim para a pauta das ruas e queremos o apoio das redes sociais, dos movimentos, isso é o impulso que essa Casa precisa para fazer valer esse sentimento”, devolveu Aécio. “Vocês tem o instrumento que nos faltava, que é o apoio popular”.
Até ontem, Aécio era um golpista recalcitrante. No dia 15, deu o ar da graça na janela do apartamento no Leblon com uma camisa da seleção brasileira. No 12, não atendia nem o telefone. Isso depois de gravar um vídeo conclamando a população a ir para a avenida. Foi xingado, posteriormente, de cagão para baixo.
Enquanto isso, Jair Bolsonaro era tratado como heroi. O deputado fascista foi tietado e apareceu em mais selfies na Paulista do que os PMs. Seu competidor era Ronaldo Caiado, o médico que veste uma camiseta amarela com quatro dedos em homenagem a Lula e está a cada dia mais celerado, especialmente depois da cacetada que tomou de Demóstenes Torres.
Embora esses grupos tenham dado um voto útil para Aécio contra Dilma, a agenda é obscurantista e antidemocrática, embora supostamente liberal. Têm como ponto em comum a inspiração em Olavo de Carvalho e seu anticomunismo doidivanas. O velho Olavo que considera o PSDB “um partido da Internacional Socialista” e que disse que Aécio foi uma “ejaculação precoce” em 2014. A tal carta cita uma das obsessões lelés olavísticas, o Foro de São Paulo.
Em Curitiba, o vereador tucano Professor Galdino saiu escorraçado da marcha do dia 12, depois de tomar cascudos. Um retrato do pessoal que essas milícias estão mobilizando está na pesquisa conduzida pelos professores Pablo Ortellado, da USP, e Esther Solano, da Unifesp, em São Paulo no 12 de abril. Apenas 23% confiam muito em Aécio e 11% no PSDB.
“Baixa confiança nos partidos; baixa confiança na imprensa: pilares da democracia liberal colocados em xeque”, resumiram Ortellado e Ester num artigo.
É com essa massa cheirosa que Aécio Neves está flertando em sua louca cavalgada. Parabéns aos envolvidos.
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Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.