Dilma afirma que contigenciamento não será pequeno nem tão grande. “Efetivo”, garantiu
A presidente Dilma Rousseff afirmou
nesta quinta-feira (21) que o governo anunciará o contingenciamento
amanhã (22), e reforçou que ele será efetivo.
“Tem gente que acha que vai ser pequeno;
não vai. Eu dou o conceito, não o número. Ele será não tão grande, nem
tão pequeno que não seja efetivo. Ele tem que ser absolutamente
adequado”, disse.
A presidente voltou a comparar a
economia do governo com a economia de uma casa de família e disse que
assim como as famílias não ficam paralisadas quando precisam economizar o
governo também não será paralisado.
“Nenhum contingenciamento paralisa
governo”, disse. “Vamos fazer uma boa economia para que o País possa
crescer e possa ter sustentabilidade no crescimento”, afirmou.
A presidente afirmou que o ministro do
Planejamento, Nelson Barbosa, fará os anúncios do contingenciamento do
Orçamento. Questionada, a presidente disse não saber se haverá exceções
no projeto de desoneração da folha de pagamento.
Dilma afirmou que não é possível fazer
prognósticos sobre o andamento das votações no Senado sobre as medidas
provisórias que fazem parte do ajuste fiscal.
“Somos um país democrático. Não existe a
hipótese do executivo dizer: aprova. Por isso é que dialogamos”,
afirmou, em Brasília, ao chegar no Itamaraty, onde oferece um almoço
para a comitiva do presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez.
Dilma afirmou que é preciso respeitar as
discussões, mas que ela “quer e espera” que as medidas provisórias 664 e
665, que tratam de alteração nos benefícios trabalhistas, e que o
projeto de desoneração, sejam aprovadas. “E eu quero porque para o
Brasil virar essa página é fundamental que nós façamos um ajuste”,
disse.
A presidente voltou a atribuir as
dificuldades econômicas brasileiras à crise internacional e disse que
algumas medidas tomadas pelo governo, como subsídios, créditos e
desonerações, tiveram como objetivo impedir que a crise se alastrasse
pelo País. “Mas tem um limite, agora temos que recompor nossas contas
fiscais para poder prosseguir”, afirmou.
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