Por que a Lei Anticorrupção faz parlamentares atacar o PT, Lula e Dilma?
De acordo com dados divulgados pelo
Supremo Tribunal Federal (STF), na lista da Operação Lava Jato, o PMDB e
PT têm 07 integrantes na relação; PTB e PSDB fecham a conta, com um
nome cada. Na dianteira absoluta está o PP que lidera a lista da Lava
Jato com 32 integrantes investigados. Do PP são 3 senadores, 18
deputados e 11 ex-deputados.
Todos esses
parlamentares investigados têm seus motivos para serem contra o governo
Dilma Rousseff, Lula e o PT, pois foi somente no governo do PT que
parlamentares começaram a ser julgados, condenados e presos. Antes tudo
terminava em pizza. No máximo uma renúncia e pronto! Caso encerado ou
arquivado.
O governo Dilma criou a Lei Federal Nº 12.846/2013 – chamada de “Lei Anticorrupção”
que dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas
jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional
ou estrangeira, e dá outras providências.
Com a Lei Anticorrupção foi criado o “Acordo de Leniência”
que estipula as condições necessárias para assegurar a efetividade da
colaboração, que inclui a identificação dos demais envolvidos na
infração e de outras informações que comprovem o ilícito. Uma vez
cumprida essas exigências a empresa será isenta da publicação da
sentença em jornais e terá a pena de multa reduzida em até 2/3. A
celebração do acordo, além de implicar na confissão dos atos ilícitos
pela empresa, não a exime da obrigação de reparar integralmente o dano
causado.
Foi a Lei Anticorrupção que fez surgir as “Delações Premiadas”
que tanto se fala hoje e que está ajudando a fazer uma limpeza na
política nacional ao colocar corruptos e corruptores na prisão e fazer
com que o governo recupere os recursos que foram desviadas ou roubados,
mediante a corrupção ou atos semelhantes.
A revolta que hoje vemos, por parte de
parlamentares, contra o PT, Lula e Dilma, é fruto da criação da Lei
Anticorrupção. Sem a Lei Federal Nº 12.846/2013, os envolvidos na
Operação Lava Jato certamente teriam sua vida mais fácil e, como sempre
foi nesse país, antes do PT, eles ficariam impunes.
Um caso claro e emblemático foi o
ocorrido com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), que antes de ter sido denunciado na Operação Lava Jato era da
base aliada do governo, mas após uma delação premiada que envolveu o
seu nome, Cunha se declarou oposição, ou seja, conta o governo que criou
a “Delação Premiada” que foi o mecanismo de anticorrupção pelo qual
Cunha foi denunciado.
E por falar em presidente da Câmara dos
Deputados, o ex-deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) que é ex-presidente
da Câmara dos Deputados e presidente de honra do PP, partido que
lidera a lista da Lava Jato com 32 integrantes investigados, e que
renunciou à presidência da Câmara dos Deputados para escapar da cassação
no episódio apelidado de “mensalinho”, onde segundo denúncia cobrava
propina de R$ 10 mil por mês do dono de um dos restaurantes da Câmara
dos Deputados, deu declarações sobre Cunha e o governo.
Severino Cavalcanti disse que Eduardo
Cunha “tem que continuar na presidência porque ainda não tem uma
denúncia fundada contra ele.” Mas disse que Cunha “só está pensando
nele. Não está pensando no país. Ele precisa tomar uma posição para
melhorar a situação do país. Não sei até que ponto ele vai manter isso.”
O presidente de honra do partido com o
maior número de envolvidos na Lava Jato disse que “a crise é a pior
possível. Não podia existir coisa pior do que está acontecendo. A
posição da presidente Dilma não é segura, não se pode confiar que vai
encontrar solução. O país está naufragando”, disse sem fazer declarações
de impeachment da presidente, mas o ex-deputado é mais um dos
insatisfeitos com as medidas criadas pelo PT e pela presidente Dilma
para combater a corrupção, pois o seu partido (PP) é o mais envolvido na
Operação Lava Jato, com 3 senadores, 18 deputados e 11 ex-deputados.
A tática dos parlamentares de oposição e
envolvidos em corrupção é tentar joga toda a corrupção pra cima do PT,
como se o partido tive “criado a corrupção” e não a “Lei Anticorrupção”.
E muitos acreditam nisso!
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